Quadraturas

O stellium entre Júpiter, Saturno e Plutão em Capricórnio que tem gerido todos os acontecimentos de 2020 faz agora inúmeras quadraturas com os planetas mais rápidos, Mercúrio, Vênus e Marte, e com Quíron. Mercúrio e Vênus estão em Escorpião e Libra respectivamente. Marte e Quíron estão ambos retrógrados em Áries, o que aponta ainda uma Quadratura T se formando com Vênus e Marte opostos.

A quadratura é um aspecto tenso formado quando os planetas estão a 90 graus um do outro. Ela acontece com signos que tem o mesmo tipo de energia, como Capricórnio, Libra e Áries que são todos cardinais, iniciadores, que colocam a energia para se mover, porém na quadratura os interesses de cada um dos planetas se choca com o do outro. Aquilo que Júpiter quer trazer para nossas vidas não combina com o que Vênus ou Marte desejam levar até nós, e, no caso da quadratura T, a oposição que ainda existe entre Vênus e Marte indica que eles também querem oferecer oportunidades muito distintivas para todos nós. É como se estivéssemos sendo levados pelo stellium para um caminho, mas duas oportunidades opostas serão também oferecidas, mas estas te levarão para um outro lugar, não pretendido pelo stellium.

Os planetas em Capricórnio, Júpiter, Saturno e Plutão, falam sobre o poder, sobre a busca por poder, sobre a ambição por poder, também sobre o tradicionalismo rígido e incapacidade de mudar, porém eles estão exigindo a superação do conservadorismo. Em uma ponta, a Vênus está indicando, em sua posição libriana, que devemos pensar no outro, que a aliança, que a distribuição do poder é o caminho mais acertado, que devemos no unir pelo bem comum. Vênus também evoca paz e a diplomacia. Aqui o conflito entre Capricórnio e Libra avisa sobre como os governantes do planeta estão focados em sua ambição pelo poder, incapazes de mudar, porém sem transformações em sua forma de agir não há como haver alianças. Ou as ambições pessoais dos líderes ou a paz entre os povos, não há para termos os dois.

A outra ponta da quadratura T é marciana. Marte está em Áries e isto indica impetuosidade e agressividade, um temperamento dominador, exatamente o oposto da Vênus que pede paz e diplomacia. A quadratura com Júpiter, Saturno e Plutão indica que as necessidades de mudança, de entender o poder de uma forma mais pacífica, de abandonar as tradições que não servem mais serão confrontadas com muita violência. Muitos dos líderes buscarão resoluções mais violentas, mas essa escolha leva eles para a perda de poder. Quanto mais violentos se tornam, quanto mais ameaçam com respostas violentas para qualquer situação, mais eles perdem o poder.  

Mercúrio também está em quadratura, o planeta está a 0 graus de Escorpião, então tanto Libra quanto Escorpião precisam ser levados em consideração. O Mercúrio libriano avisa que é preciso ouvir a opinião dos outros, que para ser estratégico agora é preciso ouvir o que os aliados tem a dizer, nenhuma decisão deve ser tomada pelos líderes do mundo sem ouvir os conselhos dos especialistas. Porém, a entrada em Escorpião avisa que a desconfiança pode ser o grande desafio aqui. Os líderes não podem tomar decisões sábias se eles não sabem em quem confiar, se eles acreditam apenas na própria opinião, somente na própria suspeita. O poder aqui reside em ouvir os conselheiros e aceitar que ninguém sabe tudo.

Por fim, temos a presença do centauro Quíron em Áries, participando também da quadratura. Este corpo celeste no arquétipo do Carneiro indica que é preciso renunciar o ego, que os líderes precisam abrir mão de seu ego inflamado para manter o poder. Que o bom governante, rei, líder, gerente, precisa entender que seu orgulho não é mais importante do que implantar na sociedade mudanças úteis e frutuosas. Estes homens e mulheres em posição de poder vão ser inspirados pelo divino em como melhorar as sociedades, mas esta melhora pode ir de encontro ao que estas pessoas acreditam ser melhor, esse conflito interno, para mudar como eles mesmos pensam, que será conflituoso aqui. Estamos na Era de Aquário e os mais tradicionalistas precisam aprender que o mundo não é o de cinquenta anos atrás e ele não vai voltar atrás, quem tem que mudar são as tradições.